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Reginaldo de Oliveira
Publicado no Jornal do Commercio dia 28/07/2015 - A220
Um
comerciante paraense do ramo farmacêutico que morou três anos na cidade
americana de Goldsboro afirmou que durante sua estada não soube de nenhuma
notícia relacionada a crimes de assalto, sendo o furto de carros e pequenos
delitos as infrações mais comuns. Se por acaso fosse descarregado um lote de
assaltantes brasileiros no estado do Texas, todos morreriam em poucas horas. O
cidadão americano carrega no sangue o orgulho e a responsabilidade de defender
sua família e seu patrimônio. Esse é um direito assegurado pela lei e pelos
costumes. Lá, nos Estados Unidos, é preciso uma dose cavalar de coragem para um
bandidinho assaltar uma mercearia. Ele sabe que ao lado do caixa tem uma escopeta
de grosso calibre lhe esperando. O cidadão americano tem pleno direito de dar
um tiro na cabeça de qualquer um que ataque seu patrimônio ou sua família. Por
isso é que o senhor Nabil não soube de assaltos. Outro fato relevante do
sistema jurídico americano é que o condenado é de fato condenado. Mesmo!! Ele
cumpre a pena direitinho. Ao contrário das condenações brasileiras, que mais se
parecem piada de muito mau gosto. O sistema prisional brasileiro é uma
esculhambação sem fim. Por aqui, cumpre-se pena em liberdade cometendo outros
crimes; estupradores perigosíssimos recebem indulto de natal; penitenciárias
são transformadas em escritórios do crime com detentos aparelhados de facas e
telefones celulares... A lista de escabrosidades é longa.
Todo
ser vivo possui o instinto natural de defesa, de reação imediata a qualquer
tipo de ameaça externa. A cultura “pacifista” brasileira perverteu essa lei
maior da natureza humana. Consequentemente, o homem brasileiro vem perdendo sua
essência nociva por ser forçado a se transformar num boi manso. Todos os dias
somos obrigados a ouvir o repetitivo mantra do NÃO REAJA; NÃO SE DEFENDA; DEIXE
O BANDIDO FAZER O QUE QUISER COM VOCÊ E COM SUA FAMÍLIA. Essa é a recomendação
das “autoridades”. Essa é a forma que as “autoridades” encontraram para lidar
com o problema da insegurança pública. Assistimos à crescente ousadia dos
criminosos de todos os naipes, onde qualquer bandidinho magrelo se sente munido
de superpoderes para fazer arrastões, queimar ônibus, estuprar, sequestrar,
roubar, matar etc. Afinal de contas, a população está em constante processo de amansamento
operado pelas “autoridades”.
Por
isso é que qualquer moleque se sente no direito de atacar um grupo de homens
robustos com um canivete. Esse pivete acredita que os grandões já foram
amansados e doutrinados a NÃO REAGIR. Aqueles homens de fartos músculos
esculpidos em academias ficam paralisados de medo diante de uma criatura
esquálida porque as “autoridades” insistem na tese de que o bandido deve ficar
à vontade pra fazer o que quiser. É realmente o fim do mundo!! O juízo final
deve está próximo.
Décadas
atrás, bandido nenhum era doido de matar um taxista na cidade maranhense de
Imperatriz. Ele sabia que as consequências eram escarnecedoras. Os taxistas
arrancavam o bandido da cadeia e o levavam para a estrada. No final das contas,
não sobrava quase nada para colocar no caixão. Por tal motivo, o bandido é que
tinha medo do taxista. Hoje, a população vive apavorada e os bandidos se sentem
donos da situação, tocando o terror com a maior tranquilidade do mundo. Afinal
de contas, as “autoridades” se ocupam de preparar a população para NÃO REAGIR
de forma nenhuma.
“Autoridades”,
significa o sistema como um todo. Um sistema totalmente incompetente,
equivocado e corrupto. Nesse rol de incompetências entra uma série de
organismos públicos e instâncias das mais variadas, que não tomam uma atitude
definitiva para acabar com a violência. Todo mundo prefere se digladiar com
teorias e proposições equivocadas enquanto o crime segue em ritmo acelerado.
Dentre tantos responsáveis pela balbúrdia instalada no país, quem se expõe e
acaba por fim levando toda a culpa é a instituição policial. Justamente, a
parte menos remunerada e menos aparelhada de prerrogativas legais de atuação. Políticos
e outras entidades cometem barbaridades de todo tipo e usam a polícia como bode
expiatório dos seus pecados. E ainda contam com a participação da mídia no
processo de difamação de soldados, investigadores, patrulheiros, etc., que
ganham uma merreca para arriscar a vida enfrentando bandidos armados de fuzis e
metralhadoras. Em meio a tantas desgraças o pior a fazer é justamente destruir
a instituição policial. Isso, sim, é uma tragédia. E os bandidos, claro, adoram
esse espetáculo dantesco.
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