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Doutor Imposto
Publicado no Jornal Maskate dia 17/06/2015 - A002
Artigos publicados
Há uma crise de relacionamento entre muitos comerciantes e seus respectivos contadores, cujo epicentro está no processo de escrituração fiscal. Antigamente, era prática habitual passar o mês acumulando notas fiscais de compra e de venda que eram posteriormente encaminhadas ao escritório de contabilidade para serem escrituradas. O problema é que essa época romântica de caligrafias caprichadas ficou no passado sendo consumida pelas traças.
O comerciante,
portanto, não tem outra opção a não ser dá um jeito de se enquadrar na
legislação fisco/tributária. É preciso investir em treinamento e capacitação, visto
que os assuntos fiscais estão pautando todas as ações das empresas. Grandes ou
pequenas, todo mundo tem que dá seus pulos e assim buscar soluções para se
adequar a esse novo mundo (perigoso e desafiador).
Há uma crise de relacionamento entre muitos comerciantes e seus respectivos contadores, cujo epicentro está no processo de escrituração fiscal. Antigamente, era prática habitual passar o mês acumulando notas fiscais de compra e de venda que eram posteriormente encaminhadas ao escritório de contabilidade para serem escrituradas. O problema é que essa época romântica de caligrafias caprichadas ficou no passado sendo consumida pelas traças.
Os
tempos são outros. A realidade hoje é totalmente diferente. E a mudança foi
brutal. Tanto, que esses ditos comerciantes relutam em abandonar uma rotina que
funcionava muito bem. A nota fiscal eletrônica, assim como a pressão da SEFAZ,
está forçando todo mundo a enveredar pelo caminho da tecnologia da informação. Ou
seja, o caderninho e as fichas de controle de estoque estão sendo aposentados
na marra. Não há outra saída que não seja pela adaptação a esse novo ambiente
tecnológico.
A
complexidade estrutural de uma nota fiscal eletrônica em nada se compara ao
talão de duas vias com carbono no meio. Hoje, cada item de produto possui uma
identificação própria que é o resultado do alinhamento do NCM com CST com CFOP
com alíquota de ICMS. E ainda CST de PIS e CST de Cofins. Alinhamento significa
que esses elementos devem seguir uma mesma coreografia, como um grupo de dança
sincronizada. Se um determinado elemento errar o passo a consequência será o
enquadramento do comerciante em algum tipo de infração normativa, que, dependendo
da gravidade pode resultar em autuação fiscal.
Pois
é. O cuidado com todo esse detalhamento burocrático deve preceder a emissão da
nota fiscal. Traduzindo, é preciso enquadrar de cada item do estoque na sua
respectiva SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA ESPECÍFICA. Ou seja, é necessário passar um
pente fino no cadastro das mercadorias para que as notas fiscais de venda
possam ser emitidas em conformidade com as exigências da SEFAZ. Para tanto, é essencial
dominar a arte da CLASSIFICAÇÃO FISCAL de mercadorias, uma vez que esse
trabalho não pode ser feito pelo Contador em vista do volume e da frequência em
que os eventos acontecem.
Cabe
ao escritório de contabilidade recepcionar o conjunto de dados da movimentação
de mercadorias do mês para depois providenciar a escrituração fiscal e entrega
das obrigações acessórias ao Fisco e também apurar os tributos devidos. Quando
esse pacote de dados recebidos não estiver adequadamente estruturado, o
Contador será obrigado a fazer verdadeiros malabarismos para deixar a coisa mais
ou menos apresentável a SEFAZ. Claro, óbvio, é quase impossível deixar tudo
redondinho.
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